A Bacia Hidrográfica do Rio Cuvelai, também chamada de Bacia de Etosha ou Bacia do Kwanyama, tem uma superfície geográfica de 159.620 km2 repartidos em 52.158 km2 (32.68%) para a República de Angola e 107.462 km2 (67.32%) para a República da Namíbia.
O Rio Cuvelai é perene na sua parte a montante, em aproximadamente 100 km, antes de se ramificar em vários cursos de água efémeros, também chamados de “chanas”. As “chanas” constituem a fonte de vida das populações que habitam ambos lados da bacia hidrográfica.
Grandes quantidades de precipitação atmosférica da Bacia Hidrográfica do Rio Cuvelai são geradas em território angolano, onde é registada uma média anual que ronda os 900mm. Do lado namibiano o valor da precipitação média anual ronda os 475mm. Portanto, a República de Angola é a maior contribuinte de recursos hídricos para a Bacia Hidrográfica do Rio Cuvelai, quer sejam eles superficiais ou subterrâneos.
Dada a importância e o impacto que esta bacia tem para Angola, o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA) com o financiamento do Fundo para os Países Menos Desenvolvidos (LDCF), através do Fundo Global do Ambiente (GEF), e com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), do Ministério de Energia e Águas (MINEA), e do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informações (MINTTI), estão a implementar o projecto “Promoção do desenvolvimento resiliente ao clima e reforço da capacidade de adaptação para suportar riscos de desastres na Bacia Hidrográfica do Rio Cuvelai” (Projecto Cuvelai), que tem como um dos objectivos instalar um sistema de alerta rápido para inundações e tempestades na bacia. Desta forma, o Projecto Cuvelai fará a contratação de um serviço técnico especializado para a instalação de uma rede de monitorização de cheias na bacia hidrográfica do Rio Cuvelai, concretamente nas áreas de Cuvelai, Evale, Mupa, Ondjiva e Namacunde.